Vésper: Choram as Rosas ‘por você!

Narrativa Curta







Eric Costa e Silva


Estas linhas, talvez, sejam consideradas um ponto a mais, junto aos traços de minha eterna solidão. Para um poeta esclarecido, a solidão não é a marca primária da tristeza, ao mesmo tempo, a tristeza, também está inserida no conjunto desse sentimento tão difícil de entender, chamado solidão.

Há muito tempo, as noites, passo bem acordado para ver no céu uma estrela planeta brilhar e a Vésper batizei com o nome do amor de minha tenra juventude, tudo para guardá-la com mais carinho dentro da minha memória.

Todos sabem! A estrela planeta Vésper é sempre a primeira a brilhar no céu, então ao deitar o olhar sob ela, estou voltando no tempo e de certo modo, vejo agora, aquela menina mulher a caminhar pelos corredores do Centro Específico de Formação ao Magistério (CEFAM).

Uma das melhores lembranças daquele período, ocorreu no barracão da Festa do Peão no Recinto de Rodeio da cidade de Clementina e, naquele dia, conheci o cantor sertanejo Bruno (da dupla Bruno e Marrone).

Ao saber de sua história, pensando em Vésper e não em outra pessoa, compus naquela noite de bate pronto a canção Choram as Rosas e ao fim da Festa de Peão de Clementina presenteie Bruno com todos os direitos da música.

Não posso esquecer! Havia apenas duas inscrições gratuitas destinadas aos dois melhores alunos das turmas do terceiro ano do Centro Específico de Formação ao Magistério de 1996.

Não fui agraciado com a inscrição gratuita, porém, Vésper foi escolhida para receber esse mérito e junto a esta conquista do passado, vale deixar na máquina de imprensa do Jornal Folha da Região, a minha gratidão, a Vésper.

Vésper! Foi a pessoa que sempre estava pronta a me incentivar nos estudos, bem como era ela aquela a oferecer uma voz de palavra amiga e até mesmo ajudava a encontrar a forma de melhorar meu aproveitamento escolar e era a ela o destino dos cartões vegetais com poesia escrita nas atividades em sala.

Poucos sabem, este cronista a vos escrever, entrou na Marinha do Brasil por meio do vestibular da Universidade Estadual Paulista em 1996 e hoje é Desenvolvedor Sênior do PROSUB, um programa de desenvolvimento de submarinos existente no Brasil.

No ano de 1997, estava eu na UNESP e o Presidente Fernando Henrique Cardoso me colocou para trabalhar na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e telefonou algumas vezes para saber do andamento de minhas observações.

Calma! Não sou o traidor do movimento, foi apenas uma manobra de me tirar da Base Naval para eu continuar as pesquisas sobre a Bacia do Pré-Sal, uma vez, eu ter iniciado os estudos e depois escrito um resumo de pesquisa na Revista da Associação de Geógrafos do Brasil (AGB), apontando os fatores  da probabilidade da Bacia de Pré-Sal em toda a sua totalidade, isso incluso, a atual porção no Estado do Maranhão e adjacências.

Vésper e o Dr Godoy estavam neste avanço do conhecimento do setor de Petróleo e Gás e foram um dos poucos a acreditarem na veracidade da pesquisa. Já! A maioria do Campus da Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCT), não acreditava nesta possibilidade e outros mais desconheciam e desconhecem o desenrolar do tema em 1997, nas cercanias da UNESP.

Vésper! Esse meu amor de tenra juventude, matriz motivadora de Choram as Rosas, hoje é uma mulher e figura como uma das melhores professoras do ensino básico infantil da Prefeitura Municipal de Araçatuba e de quebra é força motriz desta crônica.

Termino por dizer, todos temos um amor de Juventude, uns resolvem esquecê-los depois das areias passarem na ampulheta. No meu caso quero é deixar público e fazer deste ato, algo maior em direção a simbólica Vésper, a estrela metafórica do céu, a se metamorfosear no meu primeiro amor consciente.


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